sábado, 8 de janeiro de 2011

Ainda é cedo

Melhor é não dormir ou nunca acordar?
Ainda é cedo.
O ódio percorre as páginas cândidas,
estamos tomados por devaneios e desvanecimentos.
Armas em punho!

Há a repulsa e há o desejo.

A realidade não pretende se fundir a ilusão
vive-se demasiado radicado para um só lado
e quando sentimos findar o temor
puxamos o gatilho.

As palavras-balas não mais convêm,
o olhar já é nada,
é vazio.

Vivo pertubada por imagens e gestos
dignos de consideração
Lamento.
Não sei se minto ou resmungo,
está frio e calor.
Seus braços já se puseram a amolecer
sinto-me sobrando, escorregando...
Sou um mundo de olhos abertos,
jovem demais para acreditar no que vejo.