Desfaço a poesia das minhas mágoas,
carregando a culpa do covarde.
Não obstante o mal estar que sinto,
só o silêncio aparentemente ainda me é encantador.
Deveras...O filósofo precisa da aparência.
Coitado! Pensa que pode manter a obscuridade da origem e
com ela a beleza intacta.
Você é real.
Seu espectro me trouxe a nostalgia.
Ah, mas dessa vez não pudemos preservar as máscaras,
quiça as suas rugas reneguem a duplicidade do mundo.
Nem tão pouco,
quero ter que deixar-te pra só assim provar
o sabor do prato que não é cru.
A beleza permanece intocada, pois sua.
A mim resta o estafermo.
Saiba que a obscuridade das minhas poesias
perdeu lugar para a fadiga.
A beleza tem sido tão importuna,
transformou-se em tela fria.
E agora vejo o espírito tomar consciência de si mesmo,
deixar a forma pra trás,
deixar a arte talvez,
mas não a vida.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
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