quarta-feira, 26 de maio de 2010

Liberdade

Por um momento, senti falta
da vida que não vivemos juntos.
Minha memória vazia
de certo modo continha as minhas emoções.
Eu me perguntava se ainda existia alguma.

No bolso eu guardo um livro fajuto de auto-ajuda
que ora ou outra
espanta o que por ai, chama-se mal.

Você sabe,
a minha liberdade
me permite tomar doses diárias
de veneno.
Deixo de lado a frivolidade
das páginas boçais.

Quero abraçar a sua tristeza,
examinar de perto os despojos
dos corpos desnudos,
eu quero o ínicio e o fim.
Não me interessam as entrelinhas.

Não tenho vergonha de rir da minha própria desgraça.

Quão deplorável é o não-dito!!

Só nos resta perguntar:
O que se tem para preservar??

- Almas tristes, riam!

Porque separar conceito e substância?!
Eis que nada se evidência para além dos nomes.

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