Quantas despedidas fazem uma poesia?
Entre trancos, barrancos,
eis o nosso sentido,
aterrado pelas palavras.
Ah... mas não as culpe!
Não quebremos o encanto do ínicio.
O fulgor.
Eis que só agora nos sentimos,
e como foi bom estar longe.
Ouvir o silêncio bálsamo,
oculto na suavidade de vozes distantes.
Prezo cada movimento em vão
mas ousado.
Só assim se evidênciam mais que corpos,
mentes
sedentas.
Uma noite em claro é pouco.
Quero rasgar por dentro
a sua culpa.
Ver o que resta.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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Dilacerou a alma diante da musa
ResponderExcluirEnquanto esperava irromper a tormenta para lhe castigar
Era em um só, Prometeu e Harpia
Fez-se o silêncio onde antes se sorria
A verdade assoprou por vez cada cacho dos cabelos macios mais negros jamais fitados
Mas nenhum tremor, nem um mais
A miserável condição humana fora mitigada pela filosofia
Tranqüilo
Apenas
Nem há tempestade
Nem há calmaria
Também não se trocou à noite pelo dia
Trocaram somente impressões
Afagos findos
Permaneceram por lá só as ondas mais destemidas em suas confessas brigas de amor
Deles bramiu gentileza de fazer enrubescer trovões
A roda virou
O tempo voltou a correr
E mais um generoso gesto de Esmeralda para Quasimodo havia a lhe se oferecer
Só e prostrado
Despedidas mal dadas
Escaras abertas a fórceps
Voltava para mansão dos mortos o pobre diabo
Enquanto oxum lavava sua pele com o escamoteado escárnio de um refrescante consolo
Malabarista romântico maldito
Seu castigo será ser bem tratado?
Então hoje finalmente fora muito castigado